Como iniciar o Windows 11 em modo de segurança7 maneiras de abrir o prompt de comando no Windows 10 e 11
Na primeira olhada, o nome é estranho, mas fica amigável quando descobrimos o seu significado: Eco Quality of Service (algo como “Qualidade de Serviço Econômica”) ou, simplesmente, Eco QoS. Ok, não melhorou muito. Convém, então, entendermos o que a Microsoft quer dizer com “Qualidade de Serviço”.
Processos e threads
A execução de tarefas no sistema operacional é feita por meio de processos e threads. Um processo consiste, basicamente, em um software em execução. Já uma thread é uma estrutura dentro do processo que permite a este ser executado. Um processo pode ter uma ou mais delas. É como se cada thread formasse uma subtarefa. O processador executa threads, não processos diretamente. Cabe ao sistema operacional definir níveis de prioridade para que as threads sejam agendadas e, então, executadas. Também é papel do Windows associar uma QoS à thread. Trata-se de um parâmetro que indica os níveis de desempenho e eficiência energética com as quais ela deve ser executada. Como você já deve ter presumido, há níveis como alto, médio e baixo. A Microsoft explica que a prioridade é determinante para o sistema definir quais threads devem ser agendadas em uma sequência para serem executadas, mas o QoS pode influenciar na seleção do núcleo que fará esse trabalho ou em como o processador demandará energia para isso.
Agora sim, o EcoQoS
Pois bem, o EcoQoS é um novo nível de QoS. Bom, não exatamente novo, afinal, ele foi apresentado em abril de 2021, originalmente para o Windows 10. Mas é no Windows 11 que o recurso promete ser realmente útil. Na compilação 22557 do sistema, liberada neste mês para participantes do programa Windows Insider, é possível encontrar um novo Gerenciador de Tarefas que, por sua vez, traz um modo de eficiência. Quando essa opção é ativada, o processo (e suas threads) tem a sua prioridade reduzida e o QoS entra no nível EcoQoS. De acordo com a Microsoft, o EcoQoS garante que o processo seja executado de maneira mais eficiente no que diz respeito ao consumo de energia. Para isso, o processador pode fazer a execução usando uma frequência mais baixa, por exemplo. Os testes da companhia mostram que, em determinados cenários, o modo de eficiência pode melhorar a capacidade de resposta do sistema em níveis que vão de 14% a 76%. Observe que essa abordagem faz a carga de trabalho ser moderada, mas não impede a execução do processo. Trata-se de uma função bem diferente da opção “Finalizar tarefa”, que costuma ser acionada para “matar” um processo que esteja consumindo recursos do sistema em excesso. É claro que há processos que são críticos e, como tal, não devem ter a sua prioridade rebaixada. Neste caso, o Windows impede que o modo de eficiência seja ativado. Se bem usados, o modo de eficiência e o EcoQoS podem contribuir para o aumento da duração da bateria, reduzir a rotação das ventoinhas do equipamento e melhorar a distribuição das cargas de trabalho, além de ser uma alternativa mais segura ao “Finalizar tarefa” nos momentos em que o sistema está sobrecarregado. Embora as demonstrações da Microsoft mostrem o EcoQoS sendo acionado manualmente em processos selecionados pelo usuário, o recurso poderá ser ativado automaticamente em aplicativos por meio de APIs. Já há testes do tipo sendo feitos com o Microsoft Edge e o Google Chrome.
Modo de eficiência: quando chega?
Ainda não há informação sobre quando o modo de eficiência e o EcoQoS se tornarão recursos oficiais do Windows 11, mas como as novidades estão sendo liberadas para testes no programa Windows Insider, há boas chances de que isso aconteça em um futuro próximo. Esse é só o começo. Pelo menos é o que o comunicado sobre o modo de eficiência dá a entender. Nele, a Microsoft afirma que está focada em CPU, por ora, mas que técnicas semelhantes poderão ser direcionadas a outros recursos do sistema em etapas futuras. Talvez a companhia esteja falando de componentes como a GPU. Fiquemos de olho.