De forma bem simplificada, o jogo funciona como Pokémon, mas sem a parte de captura: é possível criar gatos e originar novas raças, que têm características diferentes e podem ser, ou não, raras. A partir daí quem manda é a lei da oferta e da procura: quanto vale um gatinho branco com as pontas roxas? Dentro da blockchain, os gatos são comercializados em ether (ETH), que agora vale US$ 450. Você já aprendeu que, uma vez escrita na blockchain, uma informação não pode ser alterada. Ou seja, se você compra um gato, ele é seu para sempre (a não ser que o CEO do CryptoKitties diga o contrário). Simples e divertido, o jogo já movimentou US$ 3,1 milhões de dólares e está testando os limites do Ethereum. Cerca de 15% do tráfego do blockchain é feito dentro do CryptoKitties, e em uma velocidade que trouxe lentidão para a rede. O problema é tão grave que o jogo precisou dobrar a taxa que é cobrada para criar os gatinhos:
— CryptoKitties (@CryptoKitties) December 3, 2017 Como aponta o TechCrunch, esse caso levanta uma séria questão sobre o Ethereum: se um jogo de comprar e vender gatos virtuais que ainda não saiu da nossa bolha já deixou a rede instável, o que acontece quando o blockchain for usado no mundo real, como para firmar contratos inteligentes? Esse problema de escalabilidade também já aconteceu com o bitcoin. No caso do BTC e sua blockchain, cada bloco só consegue processar cerca de 7 transações por segundo, algo irrisório quando comparado com a rede da Visa, por exemplo, que processa 56 mil transações por segundo. O criador do Ethereum, Vitalik Buterin, já reconheceu que a escalabilidade é o problema número um da criptomoeda e detalhou algumas possíveis soluções, que estão sendo estudadas. Mas as alterações são a longo prazo. Com informações: Mashable.