O TechCrunch lembra que a aprovação era esperada, uma vez que Ajit Pai, chairman da FCC, havia solicitado publicamente que seus colegas “apoiassem esse pedido e trabalhassem para revelar o poder das constelações de satélite no fornecimento de internet de alta velocidade para os americanos em áreas rurais”.
A FCC autoriza a SpaceX a lançar os satélites e utilizar as frequências das bandas Ka (20 a 30 GHz) e Ku (11 a 14 GHz) para fornecer internet globalmente. A expectativa é que isso aumente a competição e disponibilidade de serviços de banda larga nos Estados Unidos: existem mais de 10 milhões de residências no país sem acesso a conexões de pelo menos 25 Mb/s. Como já explicamos, o plano da SpaceX é fornecer conexões de até 1 Gb/s e latência de até 25 milissegundos, bem abaixo dos 600 ms das operadoras por satélite atuais. Isso será possível porque haverá uma rede enorme: a SpaceX planeja lançar sozinha 4.425 deles, mais que o triplo de todos os satélites que orbitam a Terra (eram 1.459 até o final de 2016). Além disso, os satélites da SpaceX orbitarão a altitudes mais baixas, entre 1.110 km e 1.325 km. Para fins de comparação, a operadora de banda larga HughesNet, por exemplo, opera seus satélites a 35.400 km. Cada um dos satélites do Starlink terá velocidade de download de 17 a 23 Gb/s, e a rede pode contar com até 7.500 satélites adicionais no futuro. A SpaceX já começou a lançar satélites de banda larga de testes. A expectativa do Starlink é alcançar 40 milhões de assinantes até 2025, gerando um faturamento de mais de US$ 30 bilhões.