Como funciona o Signal [o mensageiro privado]Como vender pelo WhatsApp [Guia & Dicas]
Instruções para a adoção do Signal começaram a aparecer no início do mês em quadros de comunicação dentro das dependências da Comissão Europeia. A escolha do serviço tem motivações um tanto óbvias: o Signal foi lançado em 2014 com foco em privacidade e mantém essa filosofia até hoje. A recomendação para o uso do Signal tem relação com as medidas que a União Europeia vem adotando para reforçar a sua segurança digital. Não é uma preocupação exagerada. Sabe-se, por exemplo, que a União Europeia teve dados roubados de sua embaixada em Moscou em um ataque realizado em 2017, mas detectado em 2018. Esse foi apenas um dos problemas. Nos últimos anos, a União Europeia registrou vários episódios de tentativas ou ações bem-sucedidas de violação de suas informações digitais. Medidas de prevenção contra ataques precisam mesmo ser reforçadas, portanto. Não que o uso do Signal será desmedido. A ferramenta deverá ser usada, basicamente, para comunicação entre funcionários da Comissão Europeia e pessoas externas à organização.
Informações sensíveis deverão ser transmitidas por e-mails criptografados, a exemplo do que já é feito hoje. Por sua vez, documentos sigilosos continuarão seguindo medidas ainda mais rígidas de segurança para a sua transmissão. Resta saber se a decisão da Comissão Europeia poderá, de uma forma ou outra, incentivar a adoção do Signal por mais pessoas ou organizações. Apesar de todos os seus atributos (criptografia de ponta a ponta, código-fonte aberto e disponibilidade multiplataforma, por exemplo), estima-se que o serviço registre atualmente cerca de 10 milhões de usuários. A distância é longa em relação ao líder WhatsApp, que já passou de 2 bilhões de usuários. A despeito disso, o Signal vem crescendo de modo consistente, especialmente depois de ter recebido um investimento de US$ 50 milhões de Brian Acton: o empresário é cofundador do WhatsApp, mas hoje dedica grande parte do seu tempo ao Signal. Com informações: The Verge, Politico.