Robô “cirurgião” pode ser testado na Estação Espacial InternacionalComo o metaverso impacta a saúde hoje?
Segundo os cientistas envolvidos no projeto, a ideia é saber como os pacientes vão reagir quando estiverem sendo entrevistados — ou até mesmo examinados — por meio de uma máquina que não se parece e nem age como um profissional de saúde humano. “Durante esse primeiro teste, descobrimos que a grande maioria dos pacientes está totalmente aberta a esse tipo de interação. Usar robôs para atendimentos médicos corriqueiros aumenta a segurança não só desses pacientes mas também dos profissionais de saúde dentro do ambiente hospitalar”, explica o professor de engenharia mecânica Giovanni Traverso, autor principal do estudo.
Doutor robótico
Após o avanço da pandemia de covid-19 nos Estados Unidos, a equipe do professor Traverso começou a trabalhar com a Boston Dynamics para criar um robô móvel que pudesse interagir com os pacientes que estavam internados em áreas isoladas dos hospitais. Os robôs foram equipados com sensores para medir sinais vitais, incluindo temperatura da pele, frequência respiratória, pulsação e saturação de oxigênio no sangue. Eles também carregavam um iPad que permitia uma comunicação remota por vídeo com um profissional de saúde. “Esse tipo de robô pode reduzir o risco de exposição de médicos e enfermeiros ao vírus da covid-19, além de ajudar conservar o equipamento de proteção individual necessário para cada interação. No entanto, ainda permanecia a dúvida se os pacientes seriam receptivos a esse tipo de contato com o doutor robótico”, acrescenta Traverso.
Aceitação quase total
Durante os testes realizados no Hospital Brigham and Women’s, em Boston, os pacientes foram entrevistados sobre seus sintomas por meio de uma conexão de vídeo, usando um iPad carregado pelo robô quadrúpede. Segundo os cientistas, mais de 90% dos participantes disseram estar satisfeitos com o atendimento. Surpreendentemente, os voluntários também relataram que aceitariam a ideia de deixar o robô realizar uma coleta nasal para exames de covid-19, mostrando que a confiança nas máquinas pode ser semelhante à que as pessoas teriam ao interagir com profissionais humanos. “Nós continuamos desenvolvendo sensores para obter dados de sinais vitais de pacientes à distância, além de trabalhar na integração desses sistemas em robôs menores que podem operar em vários ambientes, como hospitais de campanha ou ambulâncias”, encerra o professor Giovanni Traverso. Fonte: MIT