Exército dos EUA testa arma a laser capaz de abater drones em pleno vooComo funciona o míssil hipersônico anunciado pelo Irã?
Segundo representantes do Ministério da Defesa da Inglaterra, essa arma batizada de DragonFire consegue disparar feixes de energia direcionada a laser de 50 kW ou mais, sendo mais eficaz e infinitamente mais barata do que contrapartidas militares convencionais, como foguetes e mísseis balísticos. “Militares em todo o mundo estão procurando soluções que possam ser implantadas rapidamente e com menor custo por ataque, e as armas a laser mostraram ser a abordagem mais eficaz até agora. Essas armas não apenas podem ser disparadas com rapidez e precisão, mas também não exigem o incômodo de estocar e fornecer munição”, explicou o engenheiro do DSTL Ben Maddison, num comunicado à imprensa.
Teste de fogo
O projeto DragonFire está sendo executado em paralelo com o Novel Weapons Programme do Ministério da Defesa Britânico para desenvolver armas a laser e de radiofrequência que possam ser usadas no campo de batalha, principalmente contra ameaças como drones e aeronaves autônomas não tripuladas. Os primeiros testes com o laser de longo alcance foram realizados na área de Porton Down, região nordeste da Inglaterra. Durante o experimento, os feixes de energia direcionada conseguiram acertar um alvo móvel a 3,4 quilômetros de distância. No entanto, o alcance total do sistema DragonFire não foi revelado pelos militares. “O DragonFire já demonstrou com sucesso a capacidade de rastrear alvos com níveis muito altos de precisão e manter um feixe de laser no ponto de mira selecionado. Este resultado coloca o Reino Unido na liderança mundial deste tipo de tecnologia de defesa antiaérea”, disse Maddison.
Investimento pesado
Para desenvolver o sistema DragonFire, o Ministério da Defesa do Reino Unido investiu aproximadamente US$ 115 milhões (cerca de R$ 620 milhões na cotação atual). Parte desse dinheiro veio de parceiros industriais especializados na fabricação de armamentos de guerra. Segundo os responsáveis pelo projeto, essa tecnologia pode servir como base para o desenvolvimento de novas armas de longo alcance, alavancando a primeira geração de dispositivos de combate fabricados exclusivamente com sistemas de energia direcionada a laser. “A combinação de feixes de laser oferece um sistema que pode atingir uma densidade de potência aprimorada e maior alcance, sendo escalável para usos futuros. O resultado destes primeiros testes foram impressionantes e estamos ansiosos para as próximas etapas do projeto”, encerrou Ben Maddison.