Como funciona o spam no WhatsApp que pode ter beneficiado BolsonaroTSE faz oito sugestões ao WhatsApp para conter notícias falsas em eleições
A manifestação do PSOL destaca a sugestão feita em conjunto por Agência Lupa, UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e USP (Universidade de São Paulo). O grupo pede que o WhatsApp limite o encaminhamento de mensagens.
No início do ano, o aplicativo restringiu no número de repasses de mensagens, passando de 250 para 20 pessoas ou grupos por vez. Na Índia, onde foram registrados casos de linchamento devido a fake news, o número foi reduzido para 5. A sugestão é de que este seja o limite usado temporariamente no Brasil. O pedido também prevê um limite menor para as listas de transmissão. Atualmente, é possível usar esse recurso para encaminhar a mesma mensagem para até 250 pessoas de uma só vez. Com a redução desse número, o grupo espera dificultar a disseminação das notícias falsas. A terceira sugestão envolve a limitação do número de participantes de grupos criados no Brasil nas próximas semanas. A medida não afetaria os grupos já existentes, mas visa desencorajar a criação de conversas coletivas que espalhem fake news.
Disparo em massa no WhatsApp
A ação do PSOL junto ao TSE foi feita após a Folha de S.Paulo revelar um suposto esquema de disparo de mensagens no WhatsApp patrocinado por empresas que apoiam Jair Bolsonaro (PSL). O novo texto enviado pelo partido pede medidas capazes de coibir abusos na eleição, incluindo a aplicação de multas. O PSOL afirma que o WhatsApp está sendo usado na disseminação de notícias falsas, apesar de um esforço do TSE antes do início das eleições. “As notícias falsas não foram controladas, seja pelo TSE, seja pelo aplicativo de mensagens”, afirma o partido. Ainda de acordo com o documento, as fake news “ajudaram a definir opções de voto e manifestações de apoio a determinados candidatos”. Para o partido, as medidas seriam necessárias para a “manutenção da legitimidade do pleito”. Segundo O Globo, o PSOL retirou o trecho que dizia que, caso necessário, fosse “suspenso o aplicativo em todo o território nacional a partir de sábado, dia 20/10/18, até o fim das eleições”. O partido, por sua vez, afirma pelo Twitter que não pediu a suspensão do WhatsApp. “Queremos medidas contra a propagação de mentiras, como as sugeridas por pesquisadores e pela Agência Lupa”. O PSOL foi procurado pelo Tecnoblog, mas não respondeu até a publicação desta matéria. O texto será atualizado assim que houver uma resposta.