Fim da Oi Móvel: a decadência da tele e a aquisição por Claro, TIM e VivoReview Google Wifi: o roteador mesh que pegou o bonde andando
O problema foi reportado à ANFR — órgão público responsável pela gestão do espectro de radiofrequência na França — por uma operadora de telefonia móvel que estava tão intrigada com a falta de acesso à internet na região quanto os moradores que reclamavam disso. Um técnico da ANFR foi ao munícipio investigar o mistério. Ele aguardava próximo à antena de celular da operadora quando o relógio finalmente marcou meia-noite. Nesse momento, os seus equipamentos passaram a indicar uma alteração no sinal cujos gráficos não deixavam dúvidas: havia um bloqueador em uso ali. Faltava descobrir quem estava ativando o bloqueio e o porquê.
Um trabalho de detetive
Usando um localizador de rádio no teto do seu veículo e um receptor portátil de sinal, o técnico chegou a uma casa em um município próximo. Os equipamentos mostravam que o bloqueio tinha origem naquela residência, mas, como o relógio marcava 1:30 da manhã, era melhor voltar ao endereço quando amanhecesse. Ao retornar à casa, o técnico foi recebido pelo morador que, sem hesitar, admitiu que usava um bloqueador de sinal comprado pela internet. Quando questionado sobre o horário de ativação (relembrando, entre 0:00 e 3:00), ele explicou que seus filhos adolescentes estavam viciados em internet, principalmente por causa do confinamento imposto pela COVID-19, e que a ideia era evitar que eles ficassem online durante as madrugadas.
Como funciona um bloqueador de celular
Comprar um roteador que permite programar o horário de funcionamento da rede Wi-Fi parece a solução mais óbvia para esse problema. No entanto, os filhos ainda conseguiriam acessar a internet via 4G. Então, após pesquisar por uma solução mais ampla em fóruns, o pai decidiu comprar o bloqueador. Ele só não esperava que, além de seus filhos, o equipamento fosse capaz de impedir que seus vizinhos e moradores de Messanges ficassem online.
Bloqueadores de sinal são proibidos na França
Além de ter deixado muita gente sem acesso à internet, o pai francês (o seu nome não foi divulgado) infringiu a lei, pois bloqueadores de sinal são ilegais na França. Como consequência, ele teve o equipamento apreendido e agora enfrenta processos judiciais que podem resultar em até seis meses de prisão e multa de 30.000 euros. Vale destacar que, no Brasil, esse tipo de equipamento deve ser autorizado pela Anatel e é restrito a presídios ou áreas de segurança. Com informações: ANFR, BleepingComputer.