Novo cartão de crédito do Nubank é compatível com função débitoNubank, iFood e Loggi não exigem diploma universitário para contratar
Segundo o MP, o esquema operou entre 2016 e 2017. Giovani da Silva Martins, funcionário do Detran, obtinha dados de motoristas através do cadastro da CNH. Ele os repassava a Josemar Alves Soares, que confeccionava carteiras de motorista falsas. A CNH falsa tinha uma foto 3×4 de indivíduos cooptados para participar da fraude. No entanto, ela usava dados verdadeiros de outras pessoas obtidos no Detran (nome, filiação, data de nascimento, CPF, entre outros). Com o documento, era possível solicitar um cartão. Bruno Menezes de Godoi e Paula Aparecida Alves foram orientados por Giovani a cooptar pessoas que lhes forneciam o celular para baixar o aplicativo do Nubank, e entregavam fotos 3×4 de si mesmas.
Nubank era enganado por CNH falsa
Para verificar se a pessoa é dona da CNH, o Nubank pede que ela envie uma selfie segurando o documento. As pessoas envolvidas na fraude faziam exatamente isso: o rosto delas era o mesmo presente na CNH falsa, enganando a empresa. Se o Nubank aprovasse o pedido, o cartão era repassado para Josemar, que usava todo o limite de crédito para comprar cerveja. Então, ele revendia a bebida em Padre Bernardo (GO) por valor igual ou inferior; e pagava uma parte às pessoas que cederam seu rosto para a CNH falsa. O MP-GO diz que Josemar, Giovani, Paula e Bruno foram os mentores do esquema. Os quatro foram denunciados por estelionato, associação criminosa, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro. No entanto, há mais 30 pessoas que também participaram do golpe: algumas forneceram seus celulares e fotos; outras fizeram isso e também cooptaram mais participantes para o esquema.
Nubank e Detran-GO reagem à denúncia do MP
O Detran-GO diz ao Mais Goiás que “a gerência de auditoria da autarquia está solicitando acesso a denúncia ao MP para instaurar processo administrativo”. Além disso, o órgão afirma que Giovani foi exonerado em maio de 2017. Por sua vez, o Nubank diz em nota ao Tecnoblog: “não comentamos casos isolados de segurança para não incentivar comportamentos maliciosos e proteger os nossos clientes”. A empresa diz que seu processo de verificação de identidade “conta com diversos mecanismos antifraude com alto nível de assertividade”, e que colabora com as autoridades para ajudar no combate a atividades criminosas.