A Spotlite USA, empresa por trás do projeto, diz à BBC que sua máquina de mineração foi barrada pela SEC. O órgão vem fechando o cerco às criptomoedas para combater atividades ilegais.
Seu CEO, Halston Mikail, afirma que a empresa instalou 80 unidades do KashMiner na sede da Kodak em Rochester, Nova York, para aproveitar os preços baixos de eletricidade. No entanto, um porta-voz da Kodak diz à BBC: “as máquinas vistas na CES são de nossa licenciada Spotlite, mas o KashMiner não é um produto licenciado da marca Kodak. As unidades não foram instaladas em nossa sede.”
Planos duvidosos
A ideia nunca pareceu boa. Você pagaria US$ 3.400 para alugar o minerador de bitcoin por dois anos, e receberia US$ 375 mensais caso o preço do bitcoin ficasse próximo aos US$ 14 mil. Então, a Spotlite levaria 50% da criptomoeda obtida. O professor de economia Saifedean Ammous explica ao BuzzFeed News que o bitcoin precisaria se manter no patamar médio de US$ 28 mil para o negócio valer a pena — considerando que a criptomoeda se torna cada vez mais difícil de minerar. Seu preço está atualmente em US$ 6.670. Pior: o KashMiner era extremamente parecido com o Bitmain Antminer S9, um minerador de bitcoin que é possível comprar por cerca de US$ 2.320 — bem menos que o valor cobrado pela Spotlite. Mikail diz que o novo plano de sua empresa é minerar bitcoins por conta própria na Islândia. Resta ver se a empresa vai cumprir o prometido desta vez: eles nem terminaram a seção “termos e condições” do próprio site — há apenas um texto lorem ipsum genérico. A Kodak também anunciou planos de criar uma criptomoeda própria, chamada KodakCoin, que serviria para fotógrafos licenciarem seus trabalhos. No entanto, segundo o TechCrunch, o ICO (oferta inicial de moedas) foi adiado devido a “incertezas regulatórias” — a SEC certamente estava de olho. Com informações: BBC, Engadget.