As quatro empresas e a Linux Foundation pretendem reunir e disponibilizar dados em um padrão aberto e interoperável. Assim, desenvolvedores e pesquisadores podem criar seus próprios mapas a partir deles, de maneira adequada a seus projetos. Hoje, muitos dependem dos mapas do Google em seus produtos. A empresa, aliás, não faz parte da Overture Maps Foundation. Isso pode indicar tanto que ela não está disposta a colaborar, quanto que as outras empresas querem tirar das mãos da gigante das buscas o domínio dos mapas na internet.
Dos antigos GPS de carros até mapas para o metaverso
A Overture Maps Foundation vai começar com informações simples, como ruas, avenidas, estradas e prédios. A ideia é evoluir para um serviço mais completo, incluindo caminhos, navegação e dados 3D de edifícios. Além dos serviços de mapas usados por todos nós diariamente, informações desse tipo serão importantes na construção do metaverso. Como ele envolve realidade aumentada, é necessário cruzar os dados de localização dos usuários com informações do mundo real. Só assim é possível criar conteúdos relacionados a lojas, restaurantes, empresas e outros negócios. Daí o interesse da Meta na iniciativa. Outra participante é a TomTom. Como observa o TechCrunch, a empresa perdeu muito do valor de mercado desde 2007. De lá para cá, smartphones e o Google Maps substituíram aparelhos GPS dedicados. Hoje em dia, a companhia tem parcerias com Uber e Microsoft, além de kits para desenvolvedores e projetos na área de veículos autônomos.
OpenStreetMap é complementar, diz Overture
Talvez a ideia de mapas abertos seja familiar para você. Uma das iniciativas mais famosas nesse sentido é a OpenStreetMap, que funciona como uma “Wikipédia” de mapas, em que qualquer pessoa pode colaborar com informações para o projeto. “Nós combinamos o OpenStreetMap com outras fontes para produzir novos conjuntos de dados de mapas”, escreve a entidade. Segundo o TechCrunch, em um primeiro momento, muitos dos dados da Overture virão da OpenStreetMap. “Os dados da Overture estarão disponíveis para a comunidade da OpenStreetMap sob licenças de dados abertos compatíveis. Incentivamos os membros da Overture a contribuir diretamente com a OSM”, diz o texto. Com informações: TechCrunch, Android Police.