Jeff Wilcox, que liderou transição da Apple para o M1, volta para a IntelIntel quer “turbinar” Lei de Moore para superar Apple M1
Ao contrário de companhias como AMD, MediaTek e Qualcomm, que terceirizam a produção de seus chips para companhias como Samsung e TSMC, a Intel conta com fábricas próprias. Mas mantê-las requer uma modernização constante. Uma das razões para isso é o fato de ser cada vez mais difícil miniaturizar chips. Essa dificuldade é perceptível no histórico de lançamentos da Intel. A companhia demorou anos para pular do processo de 14 para 10 nanômetros.
Chips cada vez mais miniaturizados
A Intel não quer que o mesmo problema ocorra com os chips de 7 nanômetros. O cronograma da companhia prevê a comercialização dos primeiros processadores do tipo já em 2023. Para 2024, são esperados os primeiros chips com processo de fabricação equivalente a 5 nanômetros. É neste ponto que o recente anúncio ganha sentido. A serem produzidas pela ASML — parceira de longa data da Intel —, as futuras máquinas lidarão com a etapa de fotolitografia, a que permite que circuitos minúsculos sejam construídos sobre silício. Para chegar a processos de fabricação muito miniaturizados, é necessário mudar de tecnologia. Samsung e TSMC seguiram por esse caminho adotando a técnica Extreme Ultraviolet (EUV), um tipo de litografia baseado em um comprimento de onda muito curto e que, portanto, é ideal para os novos padrões de chips. Em clima de “antes tarde do que nunca”, a Intel também vai aderir a esse padrão. As máquinas Twinscan EXE:5200 trabalharão com a tecnologia High-NA EUV, da ASML. Além disso, cada unidade poderá produzir mais de 200 wafers por hora. Martin van den Brink, presidente e CTO da ASML, explica também que, em comparação com os atuais sistemas EUV, a tecnologia de sua empresa “oferece melhorias litográficas contínuas com complexidade, custo, tempo de ciclo e energia reduzidos”. Os detalhes do acordo entre Intel e ASML não foram revelados. Não se sabe, por exemplo, a quantidade de máquinas que foram adquiridas. Mesmo se fosse apenas uma unidade, o investimento não seria inexpressivo: como você já sabe, estima-se que cada máquina Twinscan EXE:5200 custe por volta de US$ 340 milhões. O que ambas as empresas revelaram é que a produção de chips com a tecnologia High-NA EUV está prevista para começar em 2025. As novas máquinas também devem ajudar a Intel a lidar com uma nova e ousada estratégia: a produção de chips para terceiros. Com informações: CNET.