Segundo a fonte que conversou com a Bloomberg, a Intel trata essa possível decisão como a “resolução” de um problema interno, o qual prefere não tornar público. Contudo, nem todas as divisões poderão ser afetadas igualmente. De acordo com a reportagem, as equipes de vendas e marketing, por exemplo, sofrerão um impacto significativo e poderão perder até 20% de seu quadro. A última vez que a Intel realizou demissões em massa foi em 2016, quando anunciou o desligamento de 12 mil funcionários — algo em torno de 11% do seu quadro na época. Espera-se que a empresa realize o corte na mesma semana em que ela entregar seu relatório de lucros do terceiro trimestre fiscal. A divulgação desses resultados está agendada para o dia 27 de outubro.
Apesar de expressivo, mercado de PCs está em queda
Por mais que a Intel decida não tornar públicas as razões para considerar essa demissão em massa, a Bloomberg apontou que ela pode estar relacionada ao declínio nas vendas de PCs. Em agosto passado, tanto a Intel quanto a AMD afirmaram que o cenário das vendas de PCs no terceiro trimestre fiscal já não seria muito otimista. Tal como a Bloomberg lembra, no segundo trimestre de 2022, a Intel revelou uma receita geral de US$ 15,32 bilhões. No entanto, o valor foi 22% menor que o mesmo período no ano passado. Isso não foi isto com bons olhos pelos acionistas da empresa. Na época, Pat Gelsinger, diretor executivo da Intel, disse que a empresa tomaria “ações adicionais no segundo semestre desse ano”, mas não mencionou a possibilidade de realizar demissões. O problema, contudo, pode ser generalizado. De acordo com um levantamento da Gartner, as vendas globais de PCs totalizaram 68 milhões de unidades no terceiro trimestre de 2022, uma queda de 19,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a análise, esta é a maior queda já registrada desde que a empresa começou a estudar o mercado, na metade da década de 1990. Para Mikako Kitagawa, analista-diretor da Gartner, dentre os possíveis motivos que explicam esse declínio, estão: as incertezas geopolíticas e econômicas mundiais e a falta de necessidade por parte dos usuários, que podem ter comprado um dispositivo novo nos últimos dois anos e estão satisfeitos. Com informações: Bloomberg e The Verge