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O problema gira em torno de um parâmetro que estima a duração média de visualização dos vídeos publicados na plataforma. Durante quase dois anos, o Facebook descartou dessa métrica as visualizações que duravam até três segundos. Com isso, vídeos que começavam a ser reproduzidos, mas eram descartados pelo usuário logo em seguida ou simplesmente foram ignorados durante uma rolagem pelo feed de notícias não entravam na conta.
Vários anunciantes ficaram furiosos quando descobriram essa abordagem. Isso porque, ao descartar visualizações de até três segundos, o Facebook acabou fazendo o tempo médio de exibição de cada vídeo ser mais alto do que realmente era. A partir daí, processos judiciais vieram e, posteriormente, foram transformados em uma ação coletiva. Basicamente, os anunciantes alegam que os números inflados encareceram as suas campanhas: via de regra, os anúncios são mais caros em vídeos que são visualizados por mais tempo. Diante da polêmica, o Facebook passou a considerar nas medições todas as visualizações de vídeos, inclusive aquelas que duram três segundos ou menos. Mas isso não impediu que anunciantes fossem à justiça exigir compensações financeiras. Após três anos de idas e vindas contestando os processos nos tribunais, o Facebook topou pagar US$ 40 milhões, mas apenas para encerrar a disputa. Mesmo com o acordo, a companhia afirma que as ações judiciais “não têm mérito”. Com informações: Variety.