Telescópio Hubble observa dupla de galáxias com “cauda” de estrelasComo são as galáxias além da Via Láctea? Conheça os principais tipos
O apelido das galáxias se deve tanto a uma homenagem ao astrônomo australiano Paul Wild, que as estudou na década de 1950, quanto ao número de objetos que parecia estar interagindo ali. Antes, os cientistas consideravam que haviam três delas, mas os estudos mais recentes mostram que somente duas estão em interações gravitacionais.
Confira:
Acima, você conferiu duas galáxias do tipo espiral, acompanhadas por uma grande “ponte”. Esta estrutura é formada por estrelas, gás e poeira, e se estende entre os dois objetos, localizados a cerca de 200 milhões de anos-luz de nós.
É possível que, em cerca de um bilhão de anos ou mais, as galáxias se encontrem e sofram uma fusão. Quando isso acontecer, elas vão formar uma galáxias única, também do tipo espiral.
O Tripleto de Wild
Estas galáxias curiosas ficam na constelação de Virgem, e também são conhecidas como “Arp 248”. A tal “ponte”, uma das características mais interessantes delas, é uma cauda de maré formada pela atração gravitacional entre ambas. Quando duas delas, ricas em gás e poeira — como é o caso da dupla que você viu na imagem —, se encontram, elas formam as caudas a partir do material de seus discos externos. Além disso, há processos de formação estelar ocorrendo ali. A imagem foi capturada pela câmera Advanced Camera for Surveys, do Hubble. O célebre telescópio a voltou para elas em busca de objetos de interesse para futuras observações com o telescópio James Webb, o observatório Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) e, claro, o próprio Hubble. Fonte: APOD