A causa do Alzheimer pode vir de dentro da boca, sugere estudoEspecialistas descobrem microproteína relacionada ao risco de Alzheimer
A ideia do estudo era entender se os programas de processamento de linguagem natural podem ajudar na previsão precoce do Alzheimer. A pesquisa se baseou em sugestões levantadas por pesquisas anteriores, de que o comprometimento da linguagem pode ser um indicador precoce de distúrbios neurodegenerativos. Como o sintoma está presente entre 60% a 80% dos pacientes, os pesquisadores se concentraram na captação de pistas sutis, como hesitação, erros gramaticais e de pronúncia e principalmente o esquecimento do significado das palavras. Para testar o recurso, os cientistas pediram ao programa para revisar dezenas de transcrições do conjunto de dados e decidir se cada uma delas foi ou não produzida por alguém que estava desenvolvendo a doença. O grupo concluiu que a ferramenta pode ser usada “de forma confiável não apenas para detectar indivíduos com Alzheimer, mas também inferir a pontuação do teste cognitivo do sujeito, baseando apenas em dados de fala”. Na prática, o chatbot trabalha com a análise de características acústicas, como pausa, articulação e qualidade vocal, e usa um algoritmo para produzir uma resposta semelhante à humana para qualquer tarefa que envolva linguagem, desde respostas a perguntas simples até a escrita elaborada. “A abordagem para análise e produção de linguagem torna [o chatbot] um candidato promissor para identificar as características sutis da fala que podem prever o início da demência. Treiná-lo forneceria as informações necessárias para extrair padrões de fala que poderiam ser aplicados para identificar marcadores em futuros pacientes", apontam os autores do estudo. Anteriormente, estudos já apontaram que o cérebro revela sinais do Alzheimer muito antes da pessoa chegar ao diagnóstico. Fonte: PLOS Digital Health via Medical Xpress