“Robô do Pix” promete rendimento fixo com criptomoeda no Brasil, mas é golpe5 dicas de segurança para não cair em golpes do Pix
O casal não teve suas identidades reveladas pela Polícia Federal, mas sabemos que os dois operavam uma empresa que prometia rendimentos surreais aos clientes através de um suposto robô de investimentos automatizados em criptomoedas. Em comunicado, a PF afirma que os fraudadores também adotaram práticas típicas de pirâmides financeiras para fazer o negócio crescer. Assim, as vítimas receberiam retornos ainda maiores se trouxessem mais investidores para a empresa. A operação Bad Bots, deflagrada na manhã de ontem, movimentou 15 policiais federais e cumpriu mandados de prisão preventiva e temporária contra o casal líder do esquema do falso robô trader. A fraude ocorreu em 2019, em Curitiba, mas os suspeitos foram encontrados nas cidades de Medianeira e Missal. Outros três mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos locais. Os dois líderes são acusados de praticar crimes contra a economia popular e contra o sistema financeiro nacional, estelionato, formação de quadrilha e lavagem de capitais.
Como funcionava o golpe do falso robô trader
Segundo as investigações da PF, o grupo aplicava o golpe através do site da empresa, que também não foi nomeada. Na plataforma, eles mostravam falsos resultados gerados pelo tal robô trader. Os números enormes e rendimentos surreais justificados por supostas aplicações em criptomoedas (tecnologia desconhecida por muitas das vítimas) atraíram cerca de 3 mil pessoas durante o ano de 2019. Cada cliente firmava um contrato que, após o vencimento, deveria ser renovado para manter um robô operando para ele. Além disso, somente no final de cada período de contratação o usuário enganado poderia realizar o saque do valor investido e dos rendimentos. Porém, isso raramente ocorria. As vítimas da fraude eram incentivadas a seguir aplicando dinheiro na empresa e renovando os contratos. Os fraudadores usavam ainda falsos benefícios para manter as contratações ocorrendo, como ofertas “exclusivas” e premiações de itens de luxo, viagens, e outros. No final das contas, os clientes só percebiam o golpe quando os saques eram bloqueados no fim dos contratos, de acordo com a PF. Eventualmente, a empresa foi fechada em Curitiba e o casal se mudou para o interior do estados. Outros estabelecimentos comerciais foram abertos pelos suspeitos em Medianeira e Missal. A PF acredita que eles usavam os novos negócios para lavar dinheiro adquirido na fraude. O nome de outra pessoa era usado para abrir novos CNPJs e movimentar os fundos roubados. As autoridades estimam que mais de 3 mil pessoas de todo o Brasil acabaram se tornando vítimas do golpe do falso robô trader. No total, o prejuízo foi de cerca de R$ 6 milhões. Com a prisão do casal e apreensões realizadas, a PF espera poder recuperar parte do dinheiro para o ressarcimento dos clientes lesados.