Black Friday | Veja o que fazer caso se arrepender de alguma compraBlack Friday | Por que a edição de 2022 é tão diferente das outras?
Esta edição gerou expectativas altas, tanto para consumidores quanto lojistas — devido à chegada do Mundial de Futebol e o crescimento do e-commerce, mas acabou acumulando comentários insatisfeitos na internet. Confira as principais percepções sobre a Black Friday de 2022, a seguir;
Balanço Black Friday 2022
Contrariando a maioria das previsões, 2022 não foi um ano otimista para o comércio. Além da alta da inflação, demissões em massa e instabilidade no mercado de investimentos, o evento competiu atenção com as eleições presidenciáveis no Brasil e a Copa do Mundo — o que incentivou diversos lojistas a anteciparem as promoções e diluírem as vendas ao longo de novembro. Apesar do crescimento evidente do comércio eletrônico, as empresas buscaram mais segurança oferecendo descontos discretos, enquanto clientes realizaram compras com mais consciência e pesquisa. O resultado dessa equação foi uma queda de 28% no faturamento do e-commerce durante o dia do evento (25).
Vendas na sexta-feira têm queda de 28% no e-commerce
Dados divulgados entre sábado (26) e esta segunda-feira (28), apontam o desempenho de uma Black Friday “morna”. Varejistas, como Americanas e Casas Bahia, começaram a semana com as ações em queda. Especialistas apontam que o efeito se deu pela estreia do Brasil no Mundial de Futebol, na véspera do evento comercial — roubando a atenção dos consumidores. Um levantamento realizado pela página Hora a Hora, em parceria com a ClearSale, monitorou mais de 4,5 milhões de pedidos entre 0h01min e 23h59min da última sexta-feira (25), quando aconteceu a Black Friday. Segundo os dados do estudo, o e-commerce somou mais de R$ 3,1 bilhões em vendas, o equivalente a uma queda de 28% em relação à última edição. Outros dados relevantes apontam que, além do faturamento no dia do evento, a quantidade de pedidos caiu cerca de 23,7%. O valor do tíquete médio também diminuiu, visto que foi registrado um gasto médio de R$ 733,07 — valor 5,9% menor que o do ano anterior.
Sites instáveis causam perda de R$ 5 milhões
Nas primeiras 12 horas de Black Friday o comércio online brasileiro registrou uma perda de R$ 5 milhões em faturamento neste ano. É o que diz um estudo realizado pela Sofist, empresa de software, que analisou o desempenho de 146 e-commerces durante o evento comercial. Os dados apontam que, devido à ocasião do jogo do Brasil, o número de acessos foi diluído nas primeiras quatro horas de evento. Das 22h da quinta-feira (24) até às 2h da madrugada de sexta-feira (25), o tempo médio de carregamento dos sites monitorados foi de 3,4 segundos — o Google afirma que um intervalo de mais de 1 segundo de espera faz com que o usuário perca o foco. Segundo a análise, das 146 lojas online, sete ficaram fora do ar em algum momento, atingindo um prejuízo de mais de R$ 2,4 milhões nas primeiras horas do evento. O valor estimado tem como base o volume de acessos, tíquete médio e a taxa de conversão do comércio eletrônico no Brasil.
Pré-Black Friday tem alta de 8% no faturamento
Embora tenha apresentado uma queda no dia do evento, o faturamento bruto acumulado nos sete dias anteriores à Black Friday registraram um crescimento de 8% em relação ao mesmo ano, é o que diz uma pesquisa da NielsenIQEbit. As informações destacam dois períodos, sendo o primeiro entre os dias 18 e 23, com o aumento de 24% nos pedidos do setor de Alimentos e Bebidas — impulsionado principalmente pela procura de carnes, que registrou uma alta de 163% no número de pedidos e de 44% nas vendas. O segundo período em destaque apresenta o melhor desempenho em faturamento desta edição, nas categorias de Games e Eletrônicos. O setor registrou uma alta de 47,9% e 42,5%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2021.