Tudo sobre o Snapdragon 855: 5G, modo retrato em vídeos, leitor ultrassônico na tela e maisApp Store chinesa remove 700 aplicativos por liberarem atualizações sem permissão
Há pouco mais de um ano que a Qualcomm vem tentando barrar judicialmente a comercialização do iPhone na China. A companhia alega que a Apple tem infringindo algumas de suas patentes no país. No dia 30 de novembro deste ano, uma corte chinesa entendeu que duas patentes foram mesmo violadas pela Apple. Como consequência, as subsidiárias da Apple na China foram proibidas de importar e vender o iPhone no país, mais precisamente, todos os modelos entre o iPhone 6s e o iPhone X (inclusive estes). Porém, como a decisão é temporária e a Apple vem recorrendo, pouca coisa mudou até agora em termos práticos. Apesar disso, essa é uma notícia preocupante para a Apple, dado o enorme tamanho do mercado chinês. Para piorar, a Qualcomm também vem tentando obter o bloqueio da venda dos iPhones XS, XS Max e XR sob alegação de que neles também há infração de patentes — esses modelos haviam ficado de fora da decisão porque não existiam quando a ação judicial foi montada. Como já dito, a Apple vem tentando derrubar a proibição. Mas, como a situação parece ser bastante complicada, a companhia deve tentar várias abordagens, entre elas, aplicar uma atualização de software nos iPhones existentes na China. A ideia faz sentido. As patentes em questão dizem respeito às seguintes funções: redimensionamento ou ajuste da aparência de fotos; gestão de aplicativos a partir de uma tela sensível a toques. A atualização de software está focada justamente em modificar esses recursos para eliminar a suposta quebra das patentes.
De acordo com a Apple, a atualização começará a ser enviada para iPhones na China a partir da próxima semana. Não dá para saber se essa medida será suficiente para a justiça chinesa derrubar a proibição da venda dos iPhones, mas a Apple parece estar confiante. Ainda não há detalhes sobre como isso será feito. A Apple já havia declarado que o atual iOS 12 não viola as patentes, então uma possibilidade é a de que a companhia “force” uma atualização para essa versão quando cabível. Mas essa é uma possibilidade remota, até porque a Qualcomm alega que o iOS 12 também é afetado. É mais provável que a companhia simplesmente lance uma atualização que declaradamente desconsidera as problemáticas patentes na plataforma, independentemente da versão do sistema operacional. Por hora, a única certeza é a de que essa briga vai longe. Além da disputa na China, as duas gigantes estão brigando feio nos Estados Unidos. Em uma das investidas recentes, a Qualcomm acusou a Apple de dever a ela US$ 7 bilhões em royalties. Com informações: The Verge, Reuters.