Bitcoin movimentou R$ 19,8 bilhões no Brasil em 2020O que é bitcoin? [como comprar e acompanhar a cotação]
O Centro de Finanças Alternativas da Universidade de Cambridge (CCAF) criou um índice de consumo estimado em terawatts por hora (TWh) da atividade de mineração de bitcoin. Os dados mais recentes, referentes ao dia 10 de janeiro deste ano, indicam um gasto médio de 111,66 TWh para minerar a criptomoeda, 11% maior que o registrado em 31 de dezembro do ano passado.
Preço do bitcoin estimulou a atividade de mineração
Ao longo de todo o ano de 2020 o bitcoin acumulou uma alta de 300%. A mineração da criptomoeda acompanhou essa valorização, conforme aponta o índice de consumo de energia. Comparando o gasto médio de 72,2 TWh referente a 1º de janeiro com os 100,67 TWh de 31 de dezembro, o aumento foi de 38,8% ao longo do ano. Essa alta foi particularmente maior no mês passado, quando o bitcoin começou a bater recordes históricos novamente. No dia 16 de dezembro, a criptomoeda chegava aos US$ 20 mil pela primeira vez desde 2017. No dia seguinte, o consumo de energia da mineração do ativo voltou a subir sem apresentar qualquer recuo até o momento. Já em 2021, o bitcoin atingiu o maior preço registrado na história, de quase US$ 42 mil no dia 8 de janeiro.
Mineração do bitcoin consome mais que a Holanda
Para fatores comparativos, os atuais 111,66 TWh de consumo energético da mineração do bitcoin ultrapassam a média anual de 108,8 TWh da Holanda. O gasto que a atividade gera também é quase 4 vezes superior ao da cidade de São Paulo, que registrou 27,51 TWh de acordo com o Anuário de Energéticos por Município do Estado de São Paulo de 2020. Os números mais recentes também se aproximam da média de países como os Emirados Árabes, com 113,2 TWh, e a Argentina, com 121 TWh.
China é responsável por 65% de toda mineração de bitcoin
O índice do CCAF mostra a distribuição geográfica da mineração do bitcoin ao redor do globo. A China é de longe a maior mineradora da criptomoeda, sendo responsável por 65% de todo hashrate do ativo digital. Em seguida ficam os Estados Unidos, que participam de 7,2%, e a Rússia, com 6,9%.